quinta-feira, 29 de outubro de 2015

«Na estrutura só Rui Costa percebe de futebol»

E como eu não me admiro disso, mesmo sendo o Judas a dizer.

Estava a comentar com o Vitor Baptista, como é estranho que os jogadores ainda estejam com o Rui Vitória. Deve ser um gajo mesmo porreiro, se calhar até leva umas meninas para o balneário para animar a malta.

Se bem que o Cristante não deve poder comer nada, já teve a sua dose de picanha.

PS. Ainda estou para perceber o que leva o Rui Costa a tornar-se um subalterno do Vieira...

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Este Benfica de Rui Vitória

Alguém expressou, melhor que eu, o que é esta calamidade que vemos todas as semanas (Nuno, Entre Dez):

O Benfica de Rui Vitória é, até à data, pouco mais do que um conjunto de jogadores espalhados num campo de futebol. A conclusão não é tardia nem motivada pelo descalabro do último fim-de-semana; em abono da verdade, foi o que tem vido a ser, jogo após jogo, desde o início do campeonato. Os resultados e a confiança que eles trazem mascararam essa realidade, criando a ilusão de que a equipa estava a crescer enquanto equipa. Não estava. O Benfica de Rui Vitória, até à data, não cresceu rigorosamente nada. Luís Freitas Lobo, por exemplo, acredita que este Benfica, em comparação com o de Jesus, é mais compacto e equilibrado, joga com as linhas mais juntas e é capaz, por isso mesmo, de jogar de forma mais pausada. É inacreditável que se possa sequer acreditar nisso. Basta ver 10 minutos de um jogo do Benfica de Rui Vitória para se perceber que o portador da bola é invariavelmente deixado ao abandono, que os homens sem bola raramente fazem movimentos de aproximação, que os alas e os avançados pouco ou nada são encorajados a invadir espaços interiores ou a baixar, que a tendência é para ocupar o máximo de espaço no terreno de jogo e que a inferioridade numérica no meio-campo, decorrente da insistência num modelo de jogo que requer necessariamente formas de compensar essa inferioridade é sempre, mas sempre, perniciosa para a equipa. O Benfica de Rui Vitória, até à data, é uma perfeita nulidade enquanto equipa.

Dois ou três resultados gordos (um deles construído nos últimos 20 minutos) e uma vitória inesperada em Madrid, conquistada às custas de 90 minutos a defender e de um Júlio César intransponível, não deveriam ser suficientes para se tirarem ilações positivas deste Benfica. Como sempre, as pessoas fiam-se nos resultados, e depois acontecem coisas que não conseguem explicar. A derrota humilhante deste fim-de-semana, uma das mais pesadas de sempre do Benfica em casa, não foi surpreendente, porém, para quem vê o que é importante ver. O Sporting ganhou com justiça, sem sequer fazer um jogo extraordinário. Foi eficaz e soube potenciar os erros do modelo do Benfica. Mas, mesmo que o não fosse, bastaria ocupar relativamente bem os espaços, coisa que as equipas de Jesus costumam saber fazer, para ter o domínio relativo do jogo. Tal como na Supertaça, o Sporting foi superior ao Benfica essencialmente porque foi uma equipa mais equilibrada em cada momento do jogo. Isso é o princípio de tudo. Sem ter sequer feito da troca de bola um modo de desposicionar o Benfica, bastou ao Sporting esperar que os encarnados, tendo que assumir as despesas do jogo, se desorganizassem por si. E assim foi. O Benfica foi sempre uma equipa desorganizada, tanto a defender como a atacar; teve sempre menos gente na zona da bola; nunca se preocupou com os apoios recuados ou com os apoios laterais, deixando o portador da bola sem outra solução que não o apoio vertical; defendeu sempre demasiados metros em largura quando a bola entrava nas alas, o que criava espaços excessivos entre os jogadores  (veja-se o espaço entre os centrais no segundo golo, potenciado por uma linha defensiva demasiado centrada quando a bola está encostada à linha esquerda); etc..

Para dar um exemplo do que é o Benfica de Rui Vitória, note-se a falta de rede no meio-campo, no terceiro golo do Sporting: o médio que incia a jogada não tem atrás de si nenhum outro médio, a dar um apoio recuado e a oferecer a cobertura numa eventual perda de bola, assim como não tem ninguém à sua direita, em cerca de quarenta metros, a não ser o lateral, que procura abrir. Assim é muito fácil ao adversário prever a opção do portador da bola. A antecipação que origina a perda de bola não é demérito do portador  nem do receptor, nem sequer é mérito do defesa sportinguista; é demérito colectivo do Benfica. O principal motivo da perda da bola é a desorganização colectiva que torna fácil ao adversário ler o lance. A agravar a situação, os centrais estão muito longe do portador da bola e do meio-campo, ficando, por conseguinte, incapacitados de reagir rapidamente à perda. No lance do terceiro golo, as pessoas vão crucificar o médio que cometeu a imprudência de fazer um passe à queima, ou o atacante que teve o desmazelo de se deixar antecipar, ou até mesmo o lateral direito, Sílvio, que demorou a reocupar a sua posição depois de a equipa ficar sem a bola, apesar de ser o único que, no momento ofensivo, se preocupou em dar uma solução de passe ao portador da bola (o que o deixou  naturalmente em condições deficientes para recuperar rapidamente). As pessoas vão crucificar qualquer um destes três, ou mesmo qualquer um dos outros jogadores que estavam em campo, pois não são capazes de perceber que um jogador joga aquilo que o colectivo lhe permitir jogar. As pessoas vão crucificar os jogadores, mas o principal responsável é Rui Vitória. O Benfica de Rui Vitória é, até à data, aquilo que foi exemplarmente neste jogo: pouco mais que nada.


P.S. O que pude ver do arranque da época fez-me antecipar, desde muito cedo e sem grandes hesitações, que o Sporting era o principal candidato ao título, este ano. Ainda que essa convicção tenha ficado enfraquecida depois do afastamento de Carrillo, possivelmente o melhor jogador do arranque de temporada leonino, creio que continuo a subscrever esse prognóstico.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O melhor número 8 do Benfica!

     

             O melhor número 8 do Benfica é, já, e apenas com dezoito anos, este menino. Apostar num jogador que, ainda, é júnior é arriscado? Sim, é. Mas face às opções que temos para a posição e sobretudo no campeonato nacional, este miúdo representa uma mais valia. "Sem medo"!


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"Se fosse fácil não era para mim"

Estive a ver o jogo com outro benfiquista e um sportinguista, e, quando acabou, estavam todos curiosos com o que o Rui Vitória iria dizer, e se se iria demitir. A frase que coloquei no título, que previ que o nosso treinador iria dizer, foi mesmo o que Rui Vitória disse. "Até nisto ele é um lugar comum".

Aparte de falar de um gajo porreiro travestido de Treinador de Futebol (sinceramente começo a achar que não vale mesmo a pena), continuo sem compreender à base da lógica a contratação de Rui Vitória e a destruição de um plantel bi-campeão.

Mas percebo à luz de outros interesses.

Percebo que tenha de jogar o Jimenez 18M€, em vez do Mitroglou, e para isso precisamos de um treinador que obedeça.

Percebo que se contrate o Jimenez 18M€ em vez do nº 8 que tanto precisávamos, ou não fosse Jorge Mendes o seu empresário

Percebo que se tente mostrar que a famosa estrutura era muito boa, quando afinal se calhar tinha tanto mérito como o Judas.

Percebo a contratação de um treinador fraco, mas fantoche.

Percebo que se inventem processos de 14M€ porque sim, e quem vier a seguir que pague as custas judiciais.

Percebo que digam agora que a culpa é do Jonas, do Luisão, do velhinho da paragem, do Eliseu, do André Almeida, do Sílvio. Sim sim, de repente, desaprenderam de jogar. Ou isso, ou se calhar a culpa é de quem os comanda.

Portanto, a culpa é do Rui Vitória? Também. E quem comanda o Rui Vitória? Pois é... Vieira.

PS. Ao saber que dizem que "É um dos lemas que temos, é sermos uma equipa contra 11 jogadores, é um dos nossos lemas internos." ainda me dói mais o coração...